Gosto muito da beleza simples e que às vezes é pouco óbvia, da beleza no banal, do que comumente passa desapercebido a muitos olhares.
Gosto das coisas coloridas em azul e vermelho, apesar de não explorar tanto essas cores em meus trabalhos. Gosto de ambientes bem iluminados, de janelas grandes e de dias silenciosos. Gosto de levar a vida mais lentamente, de sacrificar o corpo que pede cama de tanto sono após fazer a pequena dormir, e ao invés de dormir, conversar sobre banalidades do dia com o Inácio.
Gosto de imaginar e acreditar que um dia serei mais organizada.
Gosto de imaginar e acreditar que um dia a Eleonora terá mais livros que sapatos.
Gosto de imaginar e acreditar que logo, logo meu cabelo estará enorme e que de repente, não mais que de repente eu o cortarei curtinho, curtinho.
Gosto de tomar sorvete em dias frios e tomar sopa independente do clima.
Gosto de observar a velocidade despretenciosa das nuvens no céu.
Gosto.
Gosto disso! Do que é banal, do que tem uma beleza simples.
Não sou muito fã de amarelo (?). Tenho muita dificuldade em utilizar o amarelo em meus desenhos, porém, amo flores amarelas (tudo bem, gosto de flores de qualquer cor). Adoro a cômoda amarela da Eleonora, assim como adoro vê-la com a touquinha amarela que tem orelhinhas.
Quase nunca compro roupas amarelas.
Estou particularmente apaixonada pela sapatilha amarela que ganhei do Inácio e que usei pela primeira vez com um blazer super amarelo que tenho, a Eleonora também estava de amarelo nesse dia… E sempre, sempre tenho flores amarelas perto de mim.
Minha pequena Eleonora já completou 10 meses no último dia 29. Hoje vou compartilhar fotos e alguns relatos desses últimos 9 meses ao lado dela.
É muito divertida a forma como ela engatinha com toda pressa quando ela vê algo de seu interesse em seu alcance, daí, mais que depressa, ela abaixa sua cabeça e vai toda rápida, batendo com força as mãozinhas no chão. Ela engatinha na velocidade da luz, e quando a pegamos, ela docemente deita sua cabecinha no nosso ombro.
Nesse último mês, ela aprendeu a bater parabéns e dar tchau, é muito fofo!
Ela está ficando cada vez mais ágil e rápida. Ela se levanta com rapidez e, segurando nos móveis, dá uma volta completa na sala. Durante essa pequena aventura, ela dá uma paradinha e se esticando toda, desliga a tv, depois segue adiante para pegar o telefone e derrubá-lo.
Acredito que ela venha a ser uma pessoa muito musical, pelo menos, é o que parece no momento, pois sempre que ela ouve alguma música, vinda da tv ou de qualquer outra fonte, ela pára e fica prestando muita atenção no som.
Durante os banhos é uma luta fazê-la deitar, ela gosta mesmo é de ficar em pé ou sentada, espalhando água para todo lado.
Ela continua sorridente, muito sorridente, e cada vez mais carinhosa…
Ela é um verdadeiro encanto, um grande presente na minha vida e do Inácio…
Obrigada Eleonora por ser uma garotinha muito gentil e sorridente. Você enche nossa vida de delicadeza e gargalhadas. Nós te amamos muito!
Ser mãe de primeira viagem significa uma mudança brusca e radical de diversos hábitos. Entre todos os desafios, o mais espinhoso para mim anda sendo adquirir um bom hábito alimentar. Incluir frutas e verduras, fazer com que meu prato tenha uma explosão de cores com diversas folhagens e vegetais, definitivamente não está sendo fácil, embora eu esteja tentado. Aos poucos vou me forçando a comer mais verduras e frutas a fim de dar um bom exemplo para pequena Eleonora. De forma alguma eu quero que ela se torne uma adulta como eu, que deseja coca-cola 24 horas por dia e que se amarra em um Burger King. XD
Cozinhar para mim é um verdadeiro mistério! Sou daquelas que erra receita de bolo de caixinha. Enfrentar as panelas e o fogão é dar de cara com uma zona sombria… rsrs. Porém, eis que estou descobrindo o prazer da culinária ao fazer as comidinhas da Eleonora. Adoro picar as verduras e ver que todas elas juntas formam uma composição de lindas cores, (comida bonita para mim automaticamente torna-se gostosa, até o meu paladar descobrir o contrário e se decepcionar), adoro sentir o cheiro do azeite com o tempero na panela, adoro observar o cozimento (apesar de muitas vezes esquecer que tem algo no fogo) e adoraria que o resultado disso tudo fosse uma comida linda de se ver no prato.
A sopa de verduras deste post estava linda até o momento em que ela começou a cozinhar mas, depois que finalizou, o resultado visual não ficou dos melhores. Mas garanto que ficou uma delícia.
Cozinhar de fato não é algo que me apetece, acho difícil e exige muita atenção, sou distraída demais para tal disciplina, mas admiro muito, muito, quem sabe cozinhar e que além de fazer pratos deliciosos, ficam lindos. Quem sabe um dia chego lá?! Pela Eleonora, por mim e pela minha pequena família, prometo me esforçar um pouco mais.
Abaixo, algumas fotos da sopa que começou linda e terminou não tão linda…
Foi um delicioso final de semana em família. =]
Quando cozinho, prefiro fazer isso completamente sozinha e ouvindo música. No caso, estava ouvindo Lianne La Havas, No room for doubt, que é um som bem calmo. Coloquei meu celular dentro do copo para fazer com que o som ficasse mais alto e menos agudo. Funciona! =}
Mini tomates direto do quintal de casa
Resultado final da sopa. Visual não muito agradável, porém sabor supimpa.
Como é deliciosamente mágico passar o final de semana inteiro na companhia dessas duas figuras bem humoradas. Quando presencio o Inácio e a Eleonora brincado, inevitavelmente me sinto a mãe mais sortuda do mundo.
Esses são os desenhos que estão espalhados pelas páginas do meu sketchbook. Tenho tentado fazer rabiscos a partir de obras de grandes artistas como Modigliani (por quem estou profundamente, perdidamente apaixonada no momento) e Schiele. Tomara que nenhum deles, lá no paraíso dos artistas, se sinta ofendido com meus humildes esboços, afinal de contas, são apenas estudos =D
Se tem algo que adoraria manter sempre em casa, e em vários cômodos, são flores. Acho que elas têm o poder de tornar o ambiente aconchegante e muito mais delicado, e quando falo de flores, falo de qualquer tipo: matinho de rua, flores da floricultura, as colhidas no quintal de casa…
Eu confesso que sou uma espécie de… digamos… “apropriadora de flores alheias”, sim, amo pegar uma flor aqui e acolá nas calçadas da vizinhança. Claro que não sou insensível ao ponto de pegar várias ao ponto de deixar claro que passei por ali. Pego apenas uma, e a mantenho por vários dias no meu quarto. Mesmo depois de velha e murcha ela continua lá na garrafinha em cima da cômoda, junto aos meus livros e coisinhas da Eleonora. Eu, desapegada que sou, confesso que fico surpresa comigo mesma em relação ao quanto acho ruim ter que me desfazer de uma flor. Pior ainda é quando me proponho a cultivar uma e ela morre meio que do nada… Sério, isso me deixa pra baixo.
Quem me acompanha no instagram sabe que faço com frequência novas fotos sempre que tem novas flores no meu quarto. Acho que fica tão lindo, preciso registrar =).
Apesar de amar as flores, eu não sei desenhá-las e isso me incomoda um bocado… Na tentativa de aprender a rabiscar flores e folhas eu comprei quatro livros de ilustração botânica, todos eles tratam especificamente de flores, são eles, três lindos livros de flores em aquarela e um (super insano) de ilustração botânica para lápis de cor que precisarei de no mínimo umas cinco vidas para conseguir desenhar uma pétala.
Os livros são um verdadeiro deleite visual e eu não resisti e tive que fotografá-los e compartilhar aqui.
Obs: os dois livros pocket me surpreenderam muito, foram os que mais gostei!
Eu indico esses quatro livros, além de lindos, lindos eles tem dicas valiosas para quem pretende se aventurar a desenhar flores, tanto com aquarela ou lápis de cor. Para quem tiver interesse, eles foram comprados na amazon
Essas fotos foram feitas pelo Inácio (que está ficando bom nisso), durante uma ida rápida e emergencial ao supermercado. As fraudadas da pequena acabaram, então fomos correndo comprar mais antes que tivéssemos que apelar para frauda de pano =P
O dia estava lindo, um tanto quanto quente, mas ainda sim, lindo. Não resisti e tive que colocar minha camêra na bolsa afim de poder utilizá-la na primeira oportunidade.
Estacionamento do supermercado, um dia de sol brilhante = uma boa oportunidade =D
A verdade é que muitas vezes criamos ou somos responsáveis diretos pelo surgimento das oportunidades em nosso caminho. Sei que soou meio autoajuda, (brega!), desculpem-me, mas é isso mesmo. Então, o melhor é manter-se sempre sorrindo, e no meu caso, com a camêra na bolsa para momentos simples e corriqueiros, porém, sempre doces do dia dia serem traduzidos em fotos e assim, tornarem-se lembranças eternas…
Apenas uma aquarela de observação de um cantinho muito adorado e bastante fotografado.
O rabisco não ficou lá essas coisas, porém, justiça seja feita, ele pessoalmente parece bem mais agradável. Nunca consigo resultados satisfatórios ao escanear aquarelas.
A Eleonora completou 9 meses no último dia 29 e somente hoje consegui fazer a postagem referente aos 8 meses dela. Enfim, um dia consigo organizar melhor meu tempo, um dia…
Durante esses 8 meses a minha vida e a do Inácio foi recheada por altas doses de sorrisos e gargalhadinhas de bebê. A Eleonora continua uma mocinha muito sorridente e gentil, (obrigada Eleonora, por ser essa nenezinha tão delicada), como nos primeiros dias de vida.
A grande novidade dos 8 meses foi que ela começou a engatinhar e a ficar em pé se apoiando nos móveis da casa, o efeito colateral dessa novidade, alguns choros aqui e acolá por ter se desiquilibrado e caído. Confesso que meu coração acelera quando estou em qualquer outro cômodo da casa que não ao lado dela e a ouço chorar. Tento me acalmar antes de sair correndo para ver o que hove, a sorte é que quase sempre o choro é mais de susto do que de dor e acaba passando rapidinho.
Essas fotos foram feitas pelo Inácio (amei todas!) em um clube onde ele costuma ir aos sábados para jogar bola. O dia estava incrivelmente lindo e foi devidademente registrado no meu instagran.
Nota para Eleonora: Lindinha, eu e seu pai amos ouvir as batidinhas das suas mãos quando você engatinha pela casa. Nunca se esqueça, você é muito, muito amada!
Não sei traduzir em palavras todos os sentimentos que o livro Bonsai me gerou, mas posso arriscar em dizer algumas coisas que muito provavelmente possam soar meio “bregas”… Enfim..
Eu me senti completamente comovida por cada frase. A narrativa é curta, porém a história é intensa.
Sei que vários, e quaisquer tipos de relacionamentos chegam ao fim e se iniciam, chegam ao fim novamente, iniciam novamente… É normal, corriqueiro, ainda mais tratando-se de toda essa efêmera modernidade que está na moda e que as pessoas adoram exibir.
Porém ‘findar’ uma história para sempre me parece algo carregado de um enorme peso para ambos os lados.
Voltando ao Bonsai… É uma história de amor e que depois vira solidão e que depois vira melancolia e que depois… E que depois chega ao fim, sem chance de reverter o que já está dado. É o fim e ponto.
A história é bruta, tem palavras secas e brutas mas ao mesmo tempo é delicadíssima. É a história de Emília e o Julio, mas também é de Emma Bovary e Charles, Shu Wen e Kejun, Augusto e Bruna, Macabéa e o mundo…
“No final, Emília morre e Julio não morre, o resto é literatura” Pg10. Bonsai
Simplesmente adoro revirar arquivos antigos no computador…
Essas fotos foram feitas no primeiro semestre de 2013 (nem tão antigas assim), eu estava com um barrigão enorme, a pequena ainda não tinha nascido. O desconforto físico já era presente, mas devidamente amenizado pela expectativa da chegada da Eleonora.
Quando fiz essas fotos estava lendo um texto para a próxima aula, daí, meio que do nada, senti vontade de fotografar a bagunça dos meus estudos. Sou assim, meio bagunçada, ou talvez bagunçada por inteiro…
Quanto tempo tem que não apareço por aqui? Sabe como é né, vida corrida…
Mas enfim, aqui está mais um rabisco feito há poucos dias, é uma aquarela com nanquim e colagem. Anda faltando tempo para produzir desenhos livres, cuidar da bebê e dar conta das obrigações da faculdade. Mas ainda me acerto, pretendo não passar tanto tempo sem postar e, principalmente, fazer a postagem referente aos oito meses da Eleonora, pois a de sete meses eu já esqueci. rsrs