Desculpe-me por todo esse silêncio. Sabe o que é? É que ultimamente tenho sofrido de ausências…
Isso nunca me ocorreu, ou pelo menos não com essa intensidade.
Daí fiquei meio que assim… sem saber lidar com as lembranças…
E essa flozinha cor de rosa que não faço ideia do nome é a representação do que é felicidade para mim. Ela exala lembranças de meus melhores dias.
E para finalizar, deixo as palavras de Cecília Meireles sobre o que é ser, sentir, viver em saudade.
Silenciosas lembranças
Cecília Meireles
De que são feitos os dias? De pequenos desejos Vagarosas saudades Silenciosas lembranças.
. Entre mágoas sombrias Momentâneos lampejos Vagas felicidades Inatuais esperanças.
. De loucuras, de crimes De pecados, de glórias Do medo que encadeia Todas essas mudanças.
. Dentro deles vivemos Dentro deles choramos Em duros desenlaces E em sinistras alianças.
Esse livro veio parar em minhas mãos através de uma troca que fiz com uma garota super simpática que está nos meus contatos no FaceBook. Troquei um exemplar repetido de As Ondas da Virgínia Woolf pelo desconhecido para mim, Elogio da Madrasta de Mario Vagas Llosa.
Eu não demorei muito para iniciar a leitura (mas demorei um monte para vir compartilhar com vocês), motivada especialmente pelo fato do autor ser latino-americano (tenho vontade de me jogar cada vez mais em autores daqui das redondezas).
O romance gira em torno da relação entre um jovem enteado e sua bela madrasta e segue numa linha de literatura erótica (acho).
Para mim, o melhor detalhe está em um elemento na arquitetura da história. Boa parte dos capítulos começam a partir de uma obra de arte. O autor trás literalmente a obra para dentro do livro, e a história se desenrola segundo alguns detalhes presentes nos cenários ou personagens dessas obras. Mas eu, como apaixonada por história da arte, fiquei ansiosa em saber ou confirmar de quem eram as obras. Fico particularmente chateada quando vejo obras clássicas aparecendo por aí sem nenhum dado catalográfico.
Entendo que talvez os dados não devessem aparecer assim, no meio da história, mas poxa, nem num posfácio???
Mas para minha tardia felicidade, me dei conta que informações sobre as obras estão na PRIMEIRA página (como não vi antes?), juntamente com as informações técnicas do livro. Derrr.
Mas de maneira geral eu não gostei do livro.
A história não me envolveu, e acabou escorrendo… Sem nada de surpreendente, morna, morna…
Sempre me sinto super insegura em fazer alguma pontuação negativa sobre obras literárias, ainda mais se tratando dessa, em que o autor é nada mais nada menos que um detentor de um Prêmio Nobel da Literatura.
Mas não me arrependi de ter lido.
Não me arrependi de forma alguma da troca (aliás, estou aberta para novas possibilidades!!!)
Elogio da Madrasta
Mario Vargas Llosa
Ano: 1988
Páginas: 159
Editora: Objetiva
*Não faço resenha, apenas compartilho minhas experiências e devaneios com a leitura*
Para quem já leu esse livro, por favor, compartilhe sua experiência.
Adorarei ler. =}
Sou do tipo mãe coruja, desses, bem clássico…
Que guarda rabiscos da filhota para depois pendurar na parede.
Essa pinturinha linda aí foi feita em parceria. Nós duas colorimos aleatoriamente o papel, utilizando bastante cores fortes e vibrantes.
Gostei tanto do resultado que não pensei duas vezes em pendurá-la na parede. A moldura onde antes havia uma maravilhoso print de Edgar Degas deu lugar ao abstracionismo da pequena (desculpa, Degas, você não é o problema, o problema é a concorrência… rsrs).
E a parede vai ficando assim… Cada vez mais colorida.
A ideia é que fique mais colorida ainda, mais cheia de quadros.
Mas por ora, não fizemos nenhum furo a mais na parede, apenas aproveitamos os furos que já existiam e penduramos os quadros. E esses últimos cliks foram só para exibir minha nova planta/árvore linda chamada Croton Petra.
Estou deslumbrada com a combinação de cores nas folhas dessa maravilha.
Apenas tomara que ela sobreviva bem aos meus cuidados.
Já aconteceram tantas coisas no país e em minha vida desde que fiz o último post…
Eu acho bem chato passar tanto tempo longe do blog, e dessa vez me afastei não só do meu blog, mas praticamente de toda blogosfera. Fiz algumas visitas esporádicas alí e acolá, mas nada muito expressivo.
Bem, desde o último post o país virou de cabeça para baixo e eu tive algumas surpresas em minha vida pessoal…
Nos mudamos de casa!
Aquele cantinho pequeno, amado e muito fotografado, compartilhado com vocês ficou para trás. Não foi simples, não foi fácil o processo de mudança. Aconteceu de repente, não foi planejado. Chorei um bocadinho bom. Não queria sair, nós não queríamos deixar para trás aquela casa recheada somente de boas lembranças.
Mas tivemos que deixar…
Mudança feita!
Estamos em uma ótima casa. O apartamento é bem maior que o anterior. O bairro que morávamos era ótimo e o bairro onde moramos agora é maravilhoso.
Mas sabe como é né… Nosso coração se apega… Se apega e se amarra nas boas lembranças e fazer soltar isso chega doer.
Mas okay, vida que segue.
E há de seguir bela.
Abaixo, algumas fotos dessa nova vida que começa a aparecer…
Aqui estou eu novamente falando sobre o desafio que é cuidar de plantas.
Depois de tantas frustrações com plantinhas que morriam repentinamente chegamos a um ponto de “estabilidade” aqui em casa, pois já tem um tempinho que não morre nenhuma, e isso é uma grande conquista.
O meu maior orgulho mesmo é essa plantinha daí de cima. Eu cuido dela desde que ela era uma sementinha (aqui você pode ver quando as sementinhas brotaram), e ela é muito resistente a cuidados desastrosos, aliás, ela é uma boa dica de planta com flores para ser cultivada em casa. Se eu não estiver enganada, ela se chama Beijo.
Venho cuidando arduamente de um Ipê amarelo que cismou em ficar doente, mas com uma receita caseira já estou dando um jeito na praga que o atingiu. As folhas já pararam de cair ele ele já está ficando lindão novamente. E sim, cultivo um Ipê amarelo na varanda XD
Estou tão animada com as minhas plantinhas que não resisti em ceder a tentação de comprar mais uma vez uma roseira.
A culpa não é minha, eu estava andando com minha família tranquilamente pelas ruas do centro da cidade quando de repente uma floricultura linda saltou na minha frente. rsrs
Aliás, quem for de Goiânia, eu super indico essa floricultura que infelizmente não me lembro o nome mas que fica em frente ao Mercado Central, lá tem mudas de roseiras com cores deslumbrantes.
E falando sobre dicas, esses dias recebi um e-mail super carinhoso da Marina da revista Westwing falando que no site deles há um post sobre dicas e tendências de cultivo de plantas em ambientes internos. O post é bem bacana, recheado de fotos lindas.
Aí estão quase que todas as minhas plantas reunidas em uma varanda imunda. A Imundice é proveniente da doença que meu Ipê Amarelo pegou, mas ele já está ficando okay. =}
No meu instagram, publico quase que diariamente minhas platinhas e também publico sobre minha casa e minha família, para quem tiver interesse… =}
Ô, se preciso…
Ufa, terminei o tcc, e terminei bem, yah! =}
Agora é hora de reorganizar a casa e a vida… Voltar a ter noites de sono livres da ansiedade e cansaço.
Preciso, quero, necessito, retomar as leituras, pois em fevereiro elas ficaram estacionadas.
Mas em janeiro teve leitura (li Tchekhov pela primeira vez!!!), e volto aqui para falar delas. =}
Ah, preciso também voltar a visitar vocês, fiquei bem distante nas últimas semanas e estou com saudades. =*
Comprei esse livro de maneira aleatório e meio que por impulso.
Comprei esse livro porque seu título é absolutamente belo, talvez um dos mais belos que já vi.
Comprei esse livro sem saber nada sobre o autor e sobre a história.
Não me decepcionei, muito pelo contrário…
A história é completamente triste, fala sobre perdas, ou melhor, A Perda de uma pessoa querida e muito importante na vida de todos nós.
Esse é aquele tipo de perda a qual a pessoa simplesmente é arrancada da vida do outro, e vai embora para nunca mais, restando a quem fica aprender a lidar com a dor e a memória.
Dor impiedosa!
Gostei bastante do livro, quero ler mais coisas do mesmo autor. “Não estou triste. Nem alegre. Não tenho vontade alguma. Só ficou a dor, apesar de tudo. Sempre a mesma dor, sempre o mesmo medo… e assim nunca fica mais fácil, nunca fica mais difícil. Tudo fica cada vez pior”Os verbos auxiliares do coração
Autor: Péter Esterházy
Páginas: Umas 72. As páginas não são numeradas
Editora: Cosac & Naify
“Não. Seu drama não era o drama do peso, mas da leveza. O que se abatera sobre ela não era um fardo, mas a insustentável leveza do ser”
A primeira leitura do ano foi um vendaval.
O livro começou exatamente como começam as tempestades, uma ventania não muito forte foi tomando conta de mim e ao final fez-se tempestade.
A história passou correndo dentro de mim, a ventania me elevou para bem longe do chão e quando me dei conta de que muitas vezes a leveza é insustentável, a queda foi certeira e abrupta.
E como tempestade que tira tudo do lugar, a história me deixou completamente virada. Estou coberta de poeira e folhas de árvores. Tomas, Teresa, Franz e Sabina me alagaram.
Chorei.
Quando estava no último capítulo, nas últimas páginas, lendo atentamente o desfecho da história eu percebi que uma dor tomou conta do meu peito, uma dor física tão real…
Meu coração acelerou, a respiração perdeu seu ritmo natural.
Era o fim daquela história, era a confirmação da insustentável leveza.
Quando enfim, terminei de ler o livro, fui direto para cama dormir.
Me deitei, de repente sucumbi.
Comecei a chorar, a soluçar.
Meu namorado me abraçou forte e carinhosamente disse: “não segura, apenas chore se essa é sua vontade”
Chorei.
Ainda estou vivendo no eco da obra.
Ainda estou de ressaca!
“Em seguida, vem a terceira categoria, as dos que têm necessidade de viver sob o olhar do ser amado. A situação deles é tão perigosa quanto a daqueles do primeiro grupo, Basta que os olhos do ser amado se fechem para que a sala fique mergulhada na escuridão. É entre essas pessoas que devemos colocar Tereza e Tomas.”
A tarde de sábado, assim como todo o dia, seguia lenta, bem monótona, mas não estava exatamente entediante. Tinha um climazinho de felicidade quase explícita no ar.
É o que chamo de felicidade discreta, felicidade delicada. É o estar sentindo-se bem, muito bem, mas sem uma razão clara.
Havia um certo ânimo compartilhado entre todos daqui de casa.
Aproveitei o clima e convidei o Inácio para um piquenique que há muito tempo vinha sendo adiado. Ele prontamente aceitou.
Não levamos tantas coisas, apenas a “toalha” de piquenique, algumas poucas frutas, água, suco e iogurte.
Fomos ao bairro vizinho ao nosso, que é lindamente arborizado, calmo e cheio de praças e perto o suficiente para irmos de bicicleta sem nos cansarmos tanto.
Escolhemos uma pracinha beeeem calma, com poucas pessoas, o sol já estava indo embora, mas ainda sim renderam algumas fotos. =}
Obs: simplesmente adorei as fotos. Quase todas foram feitas pelo Inácio.
E quanto tempo se passou, heim?
Não gosto de passar tanto tempo longe do blog… Mas sei lá, aconteceu…
Estou caminhando rumo a finalização do tcc, e como vocês sabem ou podem imaginar, tcc consome vidas! rsrs
De qualquer modo, o tcc sozinho não justifica passar tanto tempo longe do blog. Ou seja, o hiato foi um punhado bom de lerdeza minha.
Juntou o pouco tempo + falta de inspiração + perdi meu ÚNICO cartão de memória, logo, acabou sendo inevitável o afastamento.
Mas okay, o que importa é que apesar de toda crise política, econômica e o tcc, estamos todos bem aqui em casa.
E esses são alguns registros aleatórios bem recentes dos dias que fiquei sozinha com minha pequena fadinha. =}
Acho que essa foi numa manhã de sexta-feira.
Gente, eu não consigo para de pendurar quadros nas paredes. Simplesmente amo!
E até que enfim tenho o pôster de um dos meus filmes favoritos, Vicky, Cristina, Barcelona, do maravilhoso Woddy Allen, claro! ;}Suco super verde, super saudável! Couve, água de coco, mel e laranja. Fiquei com receio da pequena não gostar, mas ela adorou!
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.”
Carlos Drummond de Andrade
-1959-
Uma (pequena) nota sobre essas flores do post.
Eu as comprei, ainda como sementes, num supermercado qualquer. Joguei elas na terra, ainda na casa dos meus pais.
Cuidei, vigiei. Dei carinho, namorei cada broto que ia surgindo.
Foram crescendo, ficando fortes, mas logo começaram a morrer, aos poucos.
Decidi que ia pegar duas mudas, cultivar na água, para futuramente levar para minha nova casa.
O restante que permaneceu na terra, morreram todas.
Quando plantadas na água, elas se desenvolveram bem.
Surgiram botões anunciando futuras flores. Confesso que fiquei emocionada.
Mas logo, percebi que os botões não desabrochavam, e sim, murchavam.
Pensei: “talvez precisem de terra, fincar raiz.”
Dei terra!
Estava curiosa.
Queria muito saber quais seriam as cores que aqueles botões escondiam dentro de si.
Continuei cuidando. Vigiando de perto.
Na terra, desenvolveram-se lindamente.
Cresceram! Me retribuíram com muitas flores brancas e rosas.
De repente, puseram-se doentes.
Ficaram fracas, de folhas pequenas e caules finos.
De repente tristeza!
Fiquei de fato aborrecida com a doença.
Apenas uma insistiu em viver, sem se desenvolver bem.
Permanecia fraca e pequena.
Depois, também morreu.
Fez-se frustração!
Fiquei decepcionada comigo mesma pela morte das flores.
Falei para mim mesma que ia parar com isso, pois apesar de ser desapegada, não estava sabendo lidar com a morte de minhas plantas.
Não aprendi.
Continuo tentando.
Não sou cláusula pétrea, em absolutamente nada na vida…
Um sorriso me desarma.
Um pedido de desculpa me faz dizer “eu te amo”.
A esperança de fazer dar certo, de fazer permanecer as coisas mais lindas, ainda que em meio a tantos indícios de “não”, me faz persistir.
Às vezes em ideias absurdas, confesso.
Enfim, continuo jogando sementes por aí, aguardando ansiosamente por uma retribuição.
Fotos do primeiro dia de aula da pequena. Março de 2015
E por aqui, a vida voltou ao “normal”.
Faculdade retornou, a escolinha da pequena também, logo, a correria e o cansaço insano também já se fazem presente.
Pretendo não sumir demasiadamente daqui, embora eu já ande beeem relapsa.
É a reta final do curso, e isso necessariamente vai consumir todo o tempo que tenho (e provavelmente o que não tenho também).
Para quem me segue nopinterest, sabe que lá tenho um painel de roupas desejos chamado “Quero esse, esse e aquele”, resolvi trazer o mesmo tema para o blog, mas ao invés de apenas roupas, vou colocando tudo que ando desejando ultimamente e por anos.
1- Daisy dream. Marc Jacobs, só porque é a mais delicada e deliciosa fragrância do universo inteiro.
2- Pôsteres com frases são sempre legais, tenho mais alguns na lista de desejo, mas esse aí, desde quando o vi pela primeira vez, estou desejando muito. Iria diretinho para o quarto da pequena.
3- Só porque estou ‘muito fotografia’ ultimamente, e só porque tenho curiosidade de saber mais sobre esses dois (Patti Smith e Mapplethorpe) desde que fui apresentada a eles em uma aula de fotografia.
4- Desdeque me entendo por cadeiras eu desejo fortemente essas cadeiras eames. Por favor, duas já me agradam. XD
5- Eu sou louca por melancia, e estou apaixonada por esse maiô. Imaginem o quanto a pequena iria ficar mais fofa ainda com ele.
6- Céus, por que não temos Ikea aqui??? Eu só quero essa luminária!
Compartilhando com vocês algumas fotos antigas, dos tempos do bom e velho flickr…
Como sinto saudade de fotografar como naquela época. Todo ensaio era um grande aprendizado.
Mas para curar a saudade dessa nostalgia toda, já convidei a minha amiga (uma das minhas modelos de sempre), para fazermos uns clicks por aí. Estamos apenas esperando o clima ficar mais cordial aqui em Goiânia, porque, céus! A coisa aqui está em estado de calamidade pública, sério! =O
Enquanto o próximo ensaio está no ‘aguardo’, vou namorando ensaios de anos atrás…