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Os verbos auxiliares do coração

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Comprei esse livro de maneira aleatório e meio que por impulso.
Comprei esse livro porque  seu título é absolutamente belo, talvez um dos mais belos que já vi.
Comprei esse livro sem saber nada sobre o autor e sobre a história.

Não me decepcionei, muito pelo contrário…

A história é completamente triste,  fala sobre perdas, ou melhor, A Perda de uma pessoa querida e muito importante na vida de todos nós.
Esse é aquele tipo de perda  a qual a pessoa simplesmente é arrancada da vida do outro, e vai embora para nunca mais, restando a quem fica aprender a lidar com a dor e a memória.
Dor impiedosa!

Gostei bastante do livro, quero ler mais coisas do mesmo autor.
_DSC0123  “Não estou triste. Nem alegre. Não tenho vontade alguma. Só ficou a dor, apesar de tudo. Sempre a mesma dor, sempre o mesmo medo… e assim nunca fica mais fácil, nunca fica mais difícil. Tudo fica cada vez pior”_DSC0100Os verbos auxiliares do coração
Autor: Péter Esterházy
Páginas: Umas 72. As páginas não são numeradas
Editora: Cosac & Naify

“Minha antiga felicidade”

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Faz tanto tempo que li Vida querida de Alice Munro que qualquer tentativa de falar detalhadamente sobre o livro seria um fracasso.

Mas desde que o li pela primeira vez eu tenho vontade de fazer um post sobre ele, mas aí o tempo foi passando, passando e Vida querida acabou ficando de escanteio.

O que posso dizer sobre o livro diz respeito à sensação que senti ao ler os contos. Tive a impressão que o  sentimento de perda é o elo que liga todas as histórias, que nessa coletânea de contos são histórias “simples”, corriqueiras e intensas,  todas falam muito sobre o cotidiano, um cotidiano pouco incomum e que poderia ser de qualquer um de nós.

Gosto muito de histórias assim, sem dramas apelativos, que preservam uma simplicidade e leveza no estilo da narrativa, mas que são bem intensas, exatamente como nossas vidas.

O que atraiu meu olhar para esse livro fo,i sem sombra de dúvidas, primeiramente a capa. “Viajei” muito na capa, ela me deu um sentimento bom e sutil de nostalgia, algo emocionante e que realmente mexeu com meus sentimentos (ahh, o poder da imagem…), juntamente com a beleza da capa, o título do livro é de um encanto à parte, típico título que me atrai. Logo em seguida, fui ler um pouco sobre o livro e me dei conta que ele foi escrito pela Alice Munro; daí não tive dúvidas, tive que colocá-lo na minha lista de livros desejos (e que o namorado muito gentilmente fez o favor de comprar todos os livros que estavan na lista, já falei isso por aqui…). Já tinha ouvido falar sobre ela. Alice Munro despertou minha curiosidade por ser uma senhora de mais de 80 anos que ainda escreve, e faz isso muito belamente. Ela disse em entrevista que Vida querida seria seu último livro mas ela já disse isso em relação a obras anteriores, porém, infelizente não duvido que essa seja sua última obra, justamente pela idade avançada da autora. Ela confessou que já começa a esquecer nomes… (Achei isso terrivelmente triste). Através de  Vida querida, ela ganhou o nobel de literatura em 2013 e em 2014 ganhou mais uma fã, eu! =}

Ainda não comprei mais nenhum outro livro dela, mas tenho vontade de conhecer mais. Ela tem obras com nomes lindíssimos, além de Vida querida (não me canso de achar lindo esse título), tem O amor de uma boa mulher, Felicidade demais, Ódio, Amizade, Namoro, Amor, Casamento.

Para quem gosta de ler sobre a estranha e fascinante simplicidade da vida e adora contos, mais que indico Alice Munro.vq5vq2

vq3Ah, e sobre o título do post, “Minha antiga felicidade” foi retirado de algum dos contos do livro. Essa frase aparece algumas vezes no meu caderno de artista (caderno que os professores nos aconselham a manter. Nele é onde guardo meus devaneios em formato de palavras e rabiscos), mas não sei por qual razão não anotei a página onde está essa frase no livro. Eu sou do tipo que rabisco os livros, coloco post-it, uso marcador, escrevo e até desenho… Enfim, localizar essa frase é uma boa razão para reler o livro. =]

Vida Querida

Alice Munro

Contos

316 páginas

Companhia das letras 

Um livro com muitas flores, pássaros e amor

Nãou sou mais uma criança, mas adoraria encontrar O jardim secreto narrado por Frances Burnett.

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 Quando encerrei a leitura de O jardim secreto eu me fiz exatamente a mesma pergunta de quando li O mágico de Oz pela primeira vez, “Por que eu não li isso antes?”

O livro é lindo, de leitura fácil e envolvente, temas como solidão, amizade e esperança são abordados tendo como cenário os grandes campos verdes que rodeiam a mansão Misselthwaite para onde Mary Lennox é enviada depois de ser repentinamente  abandonada em sua casa na Índia.

Mary nunca recebeu carinho, nunca foi verdadeiramente acolhida por sua mãe que era uma mulher dotada de uma impressionante beleza física, e era terrivelmente ausente; seu pai estava sempre viajando à trabalho e também era muito ausente, consequentemente, a menina foi criada por babás que mal a suportava, pois ela era mandona e muito antipática.

Após um surto de contaminação por cólera na Índa, todos abandonaram suas residências imediatamente, e o mesmo aconteceu na casa de Mary, porém ela foi deixada para trás pelos empregados, seus pais já haviam morrido. Confesso que esse momento da história senti um enorme aperto no coração.

O que é mais encantador no livro, é que tema como amizade e todos os efeitos positivos decorrentes dela em nossas vidas, que é muito comumente tratado de maneira óbvia e boba, em O jardim secreto, é tratado de maneira doce e envolvente, e mais encantador ainda, é se entregar ao imáginário do que seria o jardim secreto. Na minha mente, foram criadas inúmeras cenas com muitas flores, pássaros e uma bela luz do sol.

“O senhor Craven (tio de Mary) e ela (esposa do sr Craven) costumavam entrar lá, fechar porta e ficar horas e horas lá dentro, lendo e conversando. Ela era bem menina ainda e lá havia uma árvores velha com um galho torto que pareceia um banquinho pra sentar. Ela fez roseiras crescerem por cima do galho e gostava de ficar sentada lá. Mas um dia, quando ela estava sentada, o galho quebrou e ela caiu no chão. E se machucou tanto que no dia seguinte morreu, O senhor Craven ficou tão enlouquecido que os médicos acharam até que ela ia morrer também. É por isso que ele odeia aquele jardim. Desde esse dia, niguém nunca mais entrou lá e ele não deixa ninguém falar daquele jardim” pg, 77.

O livro conta com mais personagens adoráveis, além de Mary (que inicialmente não era nada adorável, mas torna-se uma menina doce), como a empregada Martha e seu irmão Dickon que era uma criança simples e que muito tinha amor pela vida, o pássaro que a ajuda a encontrar a chave para o jardim secreto e o primo de Mary, Collyn, que também era uma criança birrenta e intratável, reflexo da falta de carinho que assim como Mary, não recebeu de seus pais, porém, ele também muda, e torna-se uma criança mais amável.

Mary, Dickon e Collyn formaram uma belíssima amizade, juntos descobriram o amor puro e despretensioso que somente Dickon já conhecia. Os três, juntamente com o jardim secreto vivenciram milagres e passaram por belíssimas transformações em suas vidas.

Sem sombra de dúvidas esse será um dos livros que não faltarão na biblioteca da Eleonora. js3js2js1js5js4Obs: Sim, esse livro influenciou diretantamente minha nova coleção de colares e acessórios para cabelo, intitulada Meu jardim secreto

Ficha técnica O jardim secreto

Autora: Frances Hodgson Burnett

Ano: 1911

336 páginas

Editora: Penguin

Tenham todos uma doce semana