Creio que a felicidade é um sentimento simples, absolutamente simples, ordinariamente simples, assim como as flores de mato que pouco chamam a atenção dos apressados, estes que por sua vez estão sempre tão absortos em sua “falta de tempo”, engolem sem degustar, tropeçam, mas não desaceleram.
Voltando às flores de mato, tenho uma queda particular por essas singelas demostrações de delicadeza. Elas são tão banais, comuns, e são tão belas ao mesmo tempo. Elas possuem para mim duas categorias de beleza:
A primeira beleza, essa se dá pela simples condição de ser flor. Por mais que haja quem não goste de flores (existe?), não acredito que os mesmos digam que as flores são feias.
A segunda beleza, essa é a que talvez torne o matinho de rua tão especial para mim; é a beleza de ser simples, corriqueira, comum e tão, tão… banal. Insisto no uso da palavra banal, pois para mim o banal tem inúmeras belezas. E aqui estou me referindo a uma beleza calma dessas em tons claros, nada virbrantes.
Ah, e sobre a felicidade, sim, acredito nela, vivencio ela. Sou absolutamente feliz, embora tempos atrás acreditasse não ser, talvez porque eu idealizava demais a felicidade, me faltava maturidade para perceber que ela é isso mesmo, é o que está aqui, é o que está dado, é o que já está acontecendo, e sinceramente, não precisa ser nada além disso.
É como a flor de mato, é simples mesmo, é delicada, é discreta. Acredito que ninguém precisa de uma felicidade que grita ou de belas flores de plástico.