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Um livro com muitas flores, pássaros e amor

Nãou sou mais uma criança, mas adoraria encontrar O jardim secreto narrado por Frances Burnett.

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 Quando encerrei a leitura de O jardim secreto eu me fiz exatamente a mesma pergunta de quando li O mágico de Oz pela primeira vez, “Por que eu não li isso antes?”

O livro é lindo, de leitura fácil e envolvente, temas como solidão, amizade e esperança são abordados tendo como cenário os grandes campos verdes que rodeiam a mansão Misselthwaite para onde Mary Lennox é enviada depois de ser repentinamente  abandonada em sua casa na Índia.

Mary nunca recebeu carinho, nunca foi verdadeiramente acolhida por sua mãe que era uma mulher dotada de uma impressionante beleza física, e era terrivelmente ausente; seu pai estava sempre viajando à trabalho e também era muito ausente, consequentemente, a menina foi criada por babás que mal a suportava, pois ela era mandona e muito antipática.

Após um surto de contaminação por cólera na Índa, todos abandonaram suas residências imediatamente, e o mesmo aconteceu na casa de Mary, porém ela foi deixada para trás pelos empregados, seus pais já haviam morrido. Confesso que esse momento da história senti um enorme aperto no coração.

O que é mais encantador no livro, é que tema como amizade e todos os efeitos positivos decorrentes dela em nossas vidas, que é muito comumente tratado de maneira óbvia e boba, em O jardim secreto, é tratado de maneira doce e envolvente, e mais encantador ainda, é se entregar ao imáginário do que seria o jardim secreto. Na minha mente, foram criadas inúmeras cenas com muitas flores, pássaros e uma bela luz do sol.

“O senhor Craven (tio de Mary) e ela (esposa do sr Craven) costumavam entrar lá, fechar porta e ficar horas e horas lá dentro, lendo e conversando. Ela era bem menina ainda e lá havia uma árvores velha com um galho torto que pareceia um banquinho pra sentar. Ela fez roseiras crescerem por cima do galho e gostava de ficar sentada lá. Mas um dia, quando ela estava sentada, o galho quebrou e ela caiu no chão. E se machucou tanto que no dia seguinte morreu, O senhor Craven ficou tão enlouquecido que os médicos acharam até que ela ia morrer também. É por isso que ele odeia aquele jardim. Desde esse dia, niguém nunca mais entrou lá e ele não deixa ninguém falar daquele jardim” pg, 77.

O livro conta com mais personagens adoráveis, além de Mary (que inicialmente não era nada adorável, mas torna-se uma menina doce), como a empregada Martha e seu irmão Dickon que era uma criança simples e que muito tinha amor pela vida, o pássaro que a ajuda a encontrar a chave para o jardim secreto e o primo de Mary, Collyn, que também era uma criança birrenta e intratável, reflexo da falta de carinho que assim como Mary, não recebeu de seus pais, porém, ele também muda, e torna-se uma criança mais amável.

Mary, Dickon e Collyn formaram uma belíssima amizade, juntos descobriram o amor puro e despretensioso que somente Dickon já conhecia. Os três, juntamente com o jardim secreto vivenciram milagres e passaram por belíssimas transformações em suas vidas.

Sem sombra de dúvidas esse será um dos livros que não faltarão na biblioteca da Eleonora. js3js2js1js5js4Obs: Sim, esse livro influenciou diretantamente minha nova coleção de colares e acessórios para cabelo, intitulada Meu jardim secreto

Ficha técnica O jardim secreto

Autora: Frances Hodgson Burnett

Ano: 1911

336 páginas

Editora: Penguin

Tenham todos uma doce semana